Transparência
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16/04/2015
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O caminho percorrido pelo esgoto: das residências até as estações da Cesan

Motivos de visitas e estudos, a ETE Mulembá utiliza um dos processos mais eficientes e modernos do mundo sem a utilização de adição de lodo ativado.
Motivos de visitas e estudos, a ETE Mulembá utiliza um dos processos mais eficientes e modernos do mundo sem a utilização de adição de lodo ativado.
O esgoto que produzimos passa por um longo processo de tratamento nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) até retornar ao meio ambiente. O primeiro passo começa dentro da própria residência ao interligar o sistema de esgoto à rede coletora da Cesan. Ao implantar a rede de esgoto em cerca de 60% da Grande Vitória, a Companhia disponibilizou na calçada do morador uma caixa de esgoto pronta para receber a interligação da rede doméstica.   Ligado na rede, o esgoto gerado é coletado até chegar a uma das estações de tratamento na Grande Vitória ou localidades do interior. Nelas, ele passa por um tratamento preliminar para remover o lixo, areia e outros objetos lançados indevidamente no esgoto pelos usuários. Após a remoção desses itens, os esgotos são encaminhados ao tratamento, que na Cesan pode ser nos modelos: de Lagoa de Estabilização; de Lodo Ativado e de Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA).   Processos modernos de tratamento de esgoto Nas ETEs Mulembá, Bandeirantes, Araçás, entre outras – localizadas na Grande Vitória – são adotadas a tecnologia de tratamento do tipo lodo ativado. O procedimento é considerado como um dos mais eficientes, modernos e difundidos pelo mundo, pois é totalmente biológico excluindo qualquer adição de produtos químicos. A vantagem desta tecnologia é aproveitar o espaço físico, pois ela não requer grandes áreas para sua construção, além de ser um processo muito eficiente e rápido.   O tratamento realizado é biológico, com adição de oxigênio para promover o crescimento das bactérias que realizam a digestão da matéria orgânica – a parte sólida. As bactérias crescem e se aglomeram na forma de flocos, facilitando a separação das fases líquida e sólida. Após tratado, o efluente passa por um sistema de lâmpadas ultravioletas (UV) para inativar os microrganismos presentes, gerando a água de reuso já desinfetada. Já o sólido recebe  higienização e cal virgem para se tornar fertilizante (biossólido).   Outro processo utilizado na Grande Vitória, nas ETEs Jardim Camburi, Civit, Laranjeiras, entre outras, é o de lagoa de estabilização. Com uma tecnologia simples, mas que precisa de grandes áreas para sua implantação, o processo de lagoa consiste em receber o esgoto para tratá-lo com microrganismos aeróbios (sobrevivem em ambiente oxigenado) que realizam a decomposição da matéria orgânica. Após o término da decomposição, o esgoto tratado (efluente) é devolvido a um córrego ou rio, sem poluir o meio ambiente. O tempo de tratamento deste esgoto, da chegada à lagoa até a devolução do efluente à natureza, pode variar de 15 até 25 dias.   E, por fim, o processo RAFA que implica em um sistema fechado onde o tratamento biológico ocorre por processo anaeróbio, isto é, sem oxigênio. O esgoto entra pela base do reator, passa por uma manta de microrganismos anaeróbicos que realizam a decomposição da matéria orgânica. O esgoto tratado é coletado pelas calhas na parte superior. Esta tecnologia ocupa pouco espaço e é indicada para centros urbanos, bairros, vilas e locais pequenos.
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