Em 2017, a Lei Federal do Saneamento Básico completa 10 anos. A data foi lembrada pelo diretor-presidente da Cesan, Pablo Andreão, na abertura do Seminário O Ministério Público e a Política de Saneamento Básico, realizado na tarde desta segunda (05), das 13h40 às 16h40. “Aproveito para lembrar a data e que este é um momento de reflexão, devido à escassez hídrica pela qual passamos e à necessidade de universalização do esgotamento sanitário”. O objetivo do Seminário foi o de discutir a política de saneamento básico e apresentar os modelos de concessão de água e esgoto existentes no Espírito Santo, a atuação da regulação e o estágio de elaboração dos Planos de Saneamento. Pablo Andreão disse que o Espírito Santo, apesar de não ter ainda o serviço de esgotamento sanitário universalizado, se comparado com o restante do Brasil, está muito à frente no tema saneamento e, além disso, o Estado tem sido destaque em diversos aspectos no Brasil, pois estamos com equilíbrio econômico-financeiro, dando demonstração de como gerir a coisa pública com seriedade. “Outro ponto de reflexão é a escassez hídrica que vivenciamos nos últimos três anos, e estamos num momento de melhora. Mas muitos especialistas defendem que esta escassez hídrica se tornará permanente, com ciclos que terão variação de dois a cinco anos. Portanto, o abastecimento de água, que achávamos que estava resolvido, voltou para a agenda. Ressalto que o foco era e é a universalização do esgoto sanitário, que possui déficit ainda hoje, mas voltou para nossa agenda ‘a água’. Sendo assim, estamos vivendo um momento riquíssimo neste sentido, com muitas oportunidades para abrir discussões, pois o saneamento está na pauta da sociedade, e assim vira pauta dos Governos, vira pauta das empresas, vira pauta dos empreendedores.” Em sua apresentação, o diretor-presidente da Cesan mostrou como a empresa tem avançado e, principalmente, como trabalha para entender, identificar e interpretar quais os pontos em que se deve melhorar para atingir a universalização do esgotamento sanitário. O Seminário foi realizado no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) e Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, de Bens e Direitos de Valor Artístico, Estético, Histórico, Turístico, Paisagístico e Urbanístico (CAOA), e contou com a participação de membros e servidores do MPES e outras instituições ligadas à matéria. Também participaram do evento os diretores da Cesan, Amadeu Wetler, de Engenharia e Meio ambiente; Sandra Sily, Operacional; José Eduardo, Administrativo e Comercial; o diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos (ARSP), Júlio Castiglioni; a diretora técnica da ARSP, Kátia Muniz Côco; o secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, João Coser; representantes de Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAEs); Concessionária de Cachoeiro de Itapemirim; Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).