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24/03/2010
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Cesan é convidada para debate na Assembléia Legislativa

celso_assembl_pequena.jpg O engenheiro Celso Caus representou a Cesan no debate Em comemoração ao Dia Mundial da Água, a Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo convidou a Cesan para participar de um debate em sessão especial com técnicos da área de recursos hídricos e representante do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria da Vitória.

O debate foi realizado nesta segunda-feira (22), às 19 horas, no plenário da Assembléia. O engenheiro e assessor da diretoria da Cesan, Celso Luiz Caus representou a empresa e falou sobre soluções para preservação da água. Confira a íntegra do discurso que antecedeu o debate:

Água: Garantir agora e no futuro

O aspecto mais sensível da degradação da Mata Atlântica para a população capixaba é o impacto no abastecimento de água potável. Até 2007, os sistemas de tratamento e distribuição de água tiveram que ser interrompidos por várias vezes, devido ao aumento de turbidez (barro) na água do rio Santa Maria da Vitória, que abastece cerca de 550 mil habitantes na Serra, em parte do município de Vitória e em Praia Grande, Fundão.

Até o início do século 20, os rios faziam o papel das estradas. A província do Espírito Santo foi visitada por Dom Pedro II no início do ano de 1860. Para chegar em Santa Leopoldina o caminho percorrido foi o Santa Maria da Vitória, a bordo de uma galeota, segundo o escritor Levy Rocha, em Viagem de Pedro II ao Espírito Santo. Resumindo o relato daquela viagem em breves palavras: O rio é muito tortuoso e às vezes as varas não tocavam o fundo, grande correnteza por estar muito cheio; mata pelas margens; bastantes mosquitos.

Em recente estudo, que apresentamos no Simpósio Ítalo-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, a convite da Universidade de Firenze, na Itália, mostramos a relação direta entre degradação ambiental, turbidez e o consumo de produtos para tratamento da água.

O manejo inadequado do solo, aração de morro abaixo, a construção de estradas vicinais sem planejamento e sem correto sistema de drenagem, entre outros fatores, reduzem a infiltração da água no solo, aumentam o escoamento hídrico superficial. O principal efeito desse fenômeno é a alteração na qualidade da água, por meio do aumento da turbidez, enlameando e turvando as águas, provocando o assoreamento e aumento da carga de sólidos nos rios.

A pesquisa apontou que o índice médio de turbidez no rio Santa Maria da Vitória aumentou 100% no período entre 1996 a 2007, o que obrigou a Cesan a dobrar a quantidade de produtos utilizados no tratamento da água. Já a quantidade de sólidos transportados pelo rio passou de uma média de 26 toneladas/dia em 1996 para 46 toneladas/dia em 2007. É a clara manifestação da destruição da natureza. Nas últimas décadas esse processo intensificou-se, tornando-se crítico.

Para garantir a operação do sistema de abastecimento, a Cesan investiu mais de R$ 5 milhões de reais na implantação de novas tecnologias. Ainda assim, o tratamento da água demanda cada vez mais o uso de produtos químicos e de energia elétrica nos sistemas para assegurar a potabilidade.

A partir destes dados, entendemos que é necessária uma atuação efetiva nas causas da degradação dos mananciais. Este é o foco de importantes iniciativas do Governo do Estado. Entre outras ações, o Projeto Florestas para a Vida vai aplicar R$ 23 milhões de reais na restauração e conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos nos rios Santa Maria da Vitória e Jucu, responsáveis pelo fornecimento de cerca de 95% da água para 1,6 milhão de habitantes da Grande Vitória. O projeto Produtores de Água, iniciado em março de 2009 na bacia do Benevente, e já expandido para as Bacias do Guandu e São José utiliza recursos dos royalties do petróleo para custear o pagamento por serviços ambientais aos produtores rurais que recuperarem ou preservarem nascentes, a mata ciliar e outras iniciativas que melhorem a recarga dos aqüíferos.

O desafio de garantir água no presente e para futuras gerações é monumental, pois trata-se de modificar práticas que degradaram a cobertura vegetal ao longo de mais de um século, desde o início da imigração européia para o Estado. Com estas iniciativas, investe-se na recuperação dos mananciais para garantir a oferta de água hoje e para as gerações futuras.


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