Nesta sexta (04), a Cesan inaugurou sua primeira Unidade de Gerenciamento de Lodo (UGL), em CIVIT I – Serra. O projeto, que conta com a parceria do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), tem capacidade de processar 200 toneladas de lodo de esgoto por mês, transformando-o em adubo agrícola.
“Nós decidimos ter uma diretoria de Meio Ambiente para fortalecer esse tema na Companhia. Agora, com o projeto do Mangaraí, a Cesan vai à casa dos agricultores para explicar como preservar o rio. Nós vamos além de tratar água e esgoto. Por isso, a UGL é uma forma de dar mais um passo, mostrando que a empresa possui uma postura diferente, a favor do meio ambiente”, contou o presidente da Cesan, Paulo Ruy.
Anteriormente, o lodo produzido nas estações de tratamento de esgoto (ETE) da Cesan era levado para o aterro sanitário. Com a implantação do projeto, a UGL fica responsável pelo recebimento, processamento, caracterização, transporte e destinação do lodo de esgoto produzido por uma ou mais estações da Cesan. O lodo utilizado nesse projeto é encaminhado da ETE Mulembá.
O diretor de Meio Ambiente da Cesan, Anselmo Tozi, adiantou que a expectativa é levar o modelo da UGL para outros locais também. “A inauguração da unidade coincide com a divulgação do Relatório de Mudanças Climáticas, apontando que temos que fazer muito mais para a humanidade ter um futuro”, disse.
O uso do lodo como adubo foi um processo emplacado com muito estudo, como afirmou o diretor técnico do Incaper, Aureliano Costa. “Sem gerar a tecnologia não adiantaria a ideia. Sustentabilidade é o que estamos fazendo”.
Já o gerente de Coleta e Tratamento de Esgoto da Cesan, Luiz Cláudio Rodrigues, enfatiza a expectativa no projeto. “Tornar o lodo um produto útil para a sociedade foi um trabalho de muitas fases até chegar à UGL”, ressaltou.
Outra autoridade presente no evento foi o reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Reinaldo Centoducatte.
“É com enorme satisfação que participamos de momentos como este em que podemos ver os conceitos se transformarem em realidade”, declarou.
O secretário de Meio Ambiente da Serra, Ismael Nardoto, afirmou que é muito importante para a Serra receber um projeto dessa natureza. “Temos a intenção de colaborar no projeto, no monitoramento e estamos à disposição para apoiar e até expandir”.
Com investimento de R$ 900 mil, a unidade de gerenciamento também fará o monitoramento dos efeitos ambientais, agronômicos e sanitários de sua aplicação em área agrícola. “Temos que eliminar o hábito de lançar o esgoto e achar normal ele ficar diluído nos rios e outros mananciais. Essa iniciativa é um ganho para a sociedade e precisamos nos unir à Cesan”, contou o representante do Instituto Guaiamum, Iberê.
Em fase de maturação do adubo, a UGL de CIVIT I já cadastrou oito agricultores da Região Metropolitana da Grande Vitória para aplicação em uma área de 10 a 36 hectares. O adubo produzido pode ser usado em cultivos como o abacaxi, o eucalipto, seringueira, café, banana e cana.
Sobre o uso do adubo produzido na UGL
O uso do adubo feito de lodo de esgoto na agricultura traz benefícios para os agricultores, por ser capaz de restringir o uso de fertilizantes químicos que produzem inúmeros malefícios aos seres humanos e ecossistemas.
Por ano, 2.400 toneladas de adubo poderão ser produzidas para atender as propriedades rurais. A metodologia para o uso do lodo na agricultura é resultado de um estudo feito pelo Incaper, patrocinado pela Cesan.
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Texto: Raquel d’ Ávila / Danniely Zanotti
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