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Paulo Ruy enfatiza a importância da diretoria de Meio Ambiente na Cesan. Créditos:
Paulo Ruy enfatiza a importância da diretoria de Meio Ambiente na Cesan. Créditos: Luiz Henrique Severgnini.

Nesta sexta (04), a Cesan inaugurou sua primeira Unidade de Gerenciamento de Lodo (UGL), em CIVIT I – Serra. O projeto, que conta com a parceria do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), tem capacidade de processar 200 toneladas de lodo de esgoto por mês, transformando-o em adubo agrícola.

“Nós decidimos ter uma diretoria de Meio Ambiente para fortalecer esse tema na Companhia. Agora, com o projeto do Mangaraí, a Cesan vai à casa dos agricultores para explicar como preservar o rio. Nós vamos além de tratar água e esgoto. Por isso, a UGL é uma forma de dar mais um passo, mostrando que a empresa possui uma postura diferente, a favor do meio ambiente”, contou o presidente da Cesan, Paulo Ruy.

Anteriormente, o lodo produzido nas estações de tratamento de esgoto (ETE) da Cesan era levado para o aterro sanitário. Com a implantação do projeto, a UGL fica responsável pelo recebimento, processamento, caracterização, transporte e destinação do lodo de esgoto produzido por uma ou mais estações da Cesan. O lodo utilizado nesse projeto é encaminhado da ETE Mulembá.

Tozi adiantou que a expectativa é levar o modelo da UGL para outros locais também. Créditos:
Tozi adiantou que a expectativa é levar o modelo da UGL para outros locais também. Créditos: Luiz Henrique Severgnini

O diretor de Meio Ambiente da Cesan, Anselmo Tozi, adiantou que a expectativa é levar o modelo da UGL para outros locais também. “A inauguração da unidade coincide com a divulgação do Relatório de Mudanças Climáticas, apontando que temos que fazer muito mais para a humanidade ter um futuro”, disse.

O uso do lodo como adubo foi um processo emplacado com muito estudo, como afirmou o diretor técnico do Incaper, Aureliano Costa. “Sem gerar a tecnologia não adiantaria a ideia. Sustentabilidade é o que estamos fazendo”.

Já o gerente de Coleta e Tratamento de Esgoto da Cesan, Luiz Cláudio Rodrigues, enfatiza a expectativa no projeto. “Tornar o lodo um produto útil para a sociedade foi um trabalho de muitas fases até chegar à UGL”, ressaltou.

Outra autoridade presente no evento foi o reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Reinaldo Centoducatte.

Autoridades como o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte, participaram do evento. Créditos:
Autoridades como o reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte, participaram do evento. Créditos: Luiz Henrique Severgnini

“É com enorme satisfação que participamos de momentos como este em que podemos ver os conceitos se transformarem em realidade”, declarou.

O secretário de Meio Ambiente da Serra, Ismael Nardoto, afirmou que é muito importante para a Serra receber um projeto dessa natureza. “Temos a intenção de colaborar no projeto, no monitoramento e estamos à disposição para apoiar e até expandir”.

Com investimento de R$ 900 mil, a unidade de gerenciamento também fará o monitoramento dos efeitos ambientais, agronômicos e sanitários de sua aplicação em área agrícola. “Temos que eliminar o hábito de lançar o esgoto e achar normal ele ficar diluído nos rios e outros mananciais. Essa iniciativa é um ganho para a sociedade e precisamos nos unir à Cesan”, contou o representante do Instituto Guaiamum, Iberê.

Em fase de maturação do adubo, a UGL de CIVIT I já cadastrou oito agricultores da Região Metropolitana da Grande Vitória para aplicação em uma área de 10 a 36 hectares. O adubo produzido pode ser usado em cultivos como o abacaxi, o eucalipto, seringueira, café, banana e cana.

O uso do adubo feito de lodo de esgoto na agricultura traz benefícios para os agricultores. Créditos:
O uso do adubo feito de lodo de esgoto na agricultura traz benefícios para os agricultores. Créditos: Luiz Henrique Severgnini 

Sobre o uso do adubo produzido na UGL

O uso do adubo feito de lodo de esgoto na agricultura traz benefícios para os agricultores, por ser capaz de restringir o uso de fertilizantes químicos que produzem inúmeros malefícios aos seres humanos e ecossistemas.

Por ano, 2.400 toneladas de adubo poderão ser produzidas para atender as propriedades rurais. A metodologia para o uso do lodo na agricultura é resultado de um estudo feito pelo Incaper, patrocinado pela Cesan.

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Texto: Raquel d’ Ávila / Danniely Zanotti

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