A Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) está patrocinado, por meio da Lei Rouanet, a exposição Dionísio Del Santo: Um concretista marginal ou injustamente esquecido?. A abertura será nesta terça-feira (11), às 20 horas, no Museu de Arte do Espírito Santo (Maes), que comemora aniversário no dia 18 de dezembro de 2008 e leva o nome do artista falecido há 10 anos.
Embora a carreira desse importante artista nascido em Colatina em 1925 tenha se desenvolvido e se consolidado no Rio de Janeiro, ele faleceu em Vitória durante a montagem da primeira retrospectiva da sua obra no Estado do Espírito Santo. Todos os seus trabalhos foram então doados ao museu que passou a levar o nome atual.
Agora o Maes presta uma homenagem ao principal modernista capixaba, considerado também um dos mais originais concretistas brasileiros, cuja obra carece ainda de uma melhor avaliação e difusão nacional. Com curadoria de Almerinda Lopes, a mostra reúne 60 trabalhos pertencentes a importantes acervos públicos como o do Maes, Ufes, Mac Niterói, Mam SP, Mam Rio e coleções particulares de São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória.
A retrospectiva reúne o maior e mais expressivo conjunto da obra gráfica e pictórica de Dionísio Del Santo (1925-1999), contemplando diferentes momentos de sua trajetória criativa.
Carreira
Del Santo produziu as primeiras composições de tendência geométrica, por volta de 1957, recorrendo a duas ou três formas e a grande economia também de cores, ano em que surgia o grupo neoconcreto carioca, dissidente do concretismo. Anos depois, se interessou logo pelas bases teóricas do concretismo, mas executou pinturas geométricas sem romper definitivamente com a figuração, razão porque mencionou ser sua obra menos radical que a dos integrantes do neoconcretismo.
Professor da Escola de Artes Visuais no Rio de Janeiro, deu aula para artistas da Geração 80, como Beatriz Milhazes. Nos anos 1960 e até 1973, foi o impressor de obras de artistas como Carlos Scliar e Cildo Meirelles, até que decidiu se dedicar ao seu próprio trabalho.
A carreira artística de Dionísio Del Santo se desenvolveu e consolidou no Rio de Janeiro, sem grande contato com o Espírito Santo, mas quis o destino que ele falecesse em Vitória, em 20 de janeiro de 1999, durante a montagem de retrospectiva de sua obra no Museu de Arte do Espírito Santo, que hoje leva seu nome.
A mostra Dionísio Del Santo no MAES, somada às suas obras que integram a exposição 1 + 7 no Museu Vale, fazem desse momento a maior homenagem já realizado ao grande artista. A exposição Dionísio Del Santo: Um concretista marginal ou esquecido injustamente? é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com produção cultural da Artviva e patrocínio da Odebrecht, da Escelsa, Banestes e Cesan.
Serviço:
Dionísio Del Santo – Um concretista marginal ou injustamente esquecido
Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo – Maes
Local: Av. Jerônimo Monteiro, 631, Centro – Vitória
Abertura: terça-feira (11), às 20 horas
Período da exposição: 12 de novembro a 1º de março de 2008
Horário de funcionamento: terça a sexta – 10 às 18 horas
Sábados, domingos e feriados – 12 às 18 horas
Entrada franca.