Cerca de 74% da população brasileira concordam com um projeto de lei que estipule o pagamento de um a dois centavos de real para cada mil litros de água consumida, para quem gasta mais ou polui, desde que esses recursos sejam utilizados para conscientizar as pessoas sobre o uso da água e para custear a recuperação e proteção das bacias hidrográficas. Estas e outras informações sobre os hábitos de consumo e a percepção da questão dos recursos hídricos no Brasil foram reveladas por uma pesquisa encomendada pelo Programa Água para a Vida, do WWF-Brasil, ao Instituto Brasileiro de Pesquisa de Opinião Pública e Estatística (Ibope). O resultado foi anunciado ontem na sede do WWF-Brasil, em Brasília, pela secretária-geral da ONG, Denise Hamú, e pelo coordenador do Programa, Samuel Barreto. A pesquisa tem por objetivo balizar as ações da Campanha Água para a Vida, Água para Todos, do WWF-Brasil com apoio do banco HSBC, que tem, entre suas metas principais, conscientizar o grande público, governos e o setor privado sobre a importância de conservar e gerir os recursos hídricos ao mesmo tempo em que sejam otimizados seus diversos usos. Entre os principais problemas que podem afetar o abastecimento de água no Brasil, o desperdício foi apontado por 44% da população em geral, enquanto outros 13% apontam a poluição e a agressão às reservas. Para evitar o desperdício, 50% propõem fechar as torneiras durante a escovação dos dentes e reduzir o tempo do banho. Entre os habitantes do Rio, 25% não souberam ou não opinaram sobre como evitar o desperdício. A média nacional dos que não sabem é de 12%. A pesquisa revelou, também, que a população tem uma percepção equivocada sobre quem é o grande `vilão` do consumo e da poluição de água no País. Cerca de 41% apontaram a indústria, quando, na realidade, a agricultura consome cerca de 70% da água utilizada no Brasil.
Cerca de 74% da população brasileira concordam com um projeto de lei que estipule o pagamento de um a dois centavos de real para cada mil litros de água consumida, para quem gasta mais ou polui, desde que esses recursos sejam utilizados para conscientizar as pessoas sobre o uso da água e para custear a recuperação e proteção das bacias hidrográficas.