O presidente da Cesan, Paulo Ruy Carnelli, falou sobre os investimentos da empresa durante o 5º Gestão das Cidades.A gestão e regulação dos serviços de saneamento nos municípios capixabas foi o tema do painel apresentado no 5º Gestão das Cidades, nesta terça-feira (24). O diretor-presidente da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Paulo Ruy Carnelli, participou do evento, apresentando o modelo de concessão pública em gestão de saneamento. Além dele, participaram do painel o diretor do Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear), Lucas Venturim, e o diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cachoeiro de Itapemirim (Agersa), Luiz Carlos de Oliveira Silva.
O presidente da Cesan começou sua apresentação lembrando que, no Brasil, somente 30% do esgoto é coletado e tratado nas estações. Ele também apresentou o mapa de abrangência da empresa – que atualmente atende 52 dos 78 municípios do Estado – e os investimentos da Companhia para universalizar o abastecimento de água e ampliar a cobertura dos serviços de coleta e tratamento de esgoto.
Os modelos de gestão em saneamento foram abordados durante o painel Saneamento: Gestão e Regulação. Um dos números que Carnelli destacou foi a implantação de 28 novos sistemas de esgotamento sanitário, de 2003 a 2009. Ele apontou ainda investimentos da ordem de R$ 1 bilhão do Programa Águas Limpas, sendo que 34% são da própria Cesan, e ressaltou: as tarifas são a principal fonte de recursos das empresas de saneamento.
Já o diretor da Sanear apresentou o modelo de gestão de Colatina, onde os serviços de saneamento são de responsabilidade de uma autarquia municipal. Suas atividades abrangem também resíduos sólidos e meio ambiente, além de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Lucas Venturim destacou a questão financeira dos serviços autônomos de água e esgoto (SAAE) municipais. A grande maioria dos SAAEs não têm capacidade de investimento, ressaltou.
O diretor-presidente da Agersa, Luiz Carlos de Oliveira Silva, falou sobre o modelo de gestão de Cachoeiro de Itapemirim, onde os serviços de saneamento são prestados por uma empresa privada, por meio de um contrato de concessão, regulada por uma agência.
Ele enfatizou que o índice de satisfação dos clientes com a concessionária é de 85%. Apesar disso, Silva afirmou que o contrato de concessão possui uma deficiência. O contrato não prima pela universalização dos serviços em todas as localidades, apenas na sede do município e nas sedes dos distritos, apontou.
O painel Saneamento: Gestão e Regulação foi apresentado durante o 5º Gestão das Cidades, realizado pela Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes). O evento termina nesta quarta-feira (25), no Centro de Convenções de Vitória.
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