Transparência
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No combate às verminoses intestinais, não basta disponibilizar remédios à população. Os medicamentos eliminam os parasitas do organismo, mas, se as pessoas continuam vivendo em áreas sem a menor infra-estrutura sanitária, é grande o risco de consumo de água e alimentos contaminados por fezes, contraindo novamente os vermes. É fundamental, portanto, garantir o acesso de todos ao saneamento básico e promover a educação, para que as pessoas adquiram bons hábitos de higiene. Essa é a conclusão de pesquisa realizada por Gilberto Fontes e sua equipe, do Departamento de Patologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Os resultados do trabalho foram publicados na edição de setembro-outubro últimos na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. O estudo foi feito em Barra de Santo Antônio, município do litoral norte de Alagoas, onde menos de 2% dos domicílios da área urbana têm rede de esgoto. Fontes e sua equipe selecionaram crianças e adolescentes, de 5 a 18 anos, que cursavam o ensino fundamental nas oito escolas da rede pública local. Dos cerca de mil alunos submetidos a exame de fezes, mais de 90% haviam sido infectados por pelo menos uma espécie de verme intestinal e 80% estavam contaminados por duas ou mais espécies de parasitas. Com acompanhamento médico, os estudantes tomaram mebendazol, metronidazol e praziquantel, substâncias que agem contra os vermes. Seis meses após o tratamento, em torno de 400 dos cerca de mil alunos inicialmente investigados passaram por outro exame. Também nesta segunda avaliação mais de 90% dos estudantes estavam contaminados por pelo menos uma espécie de parasita. Um percentual um pouco menor de alunos – 75% – apresentava infecção por dois ou mais vermes. Os resultados sugerem que o tratamento foi eficaz para reduzir o grau de parasitismo no período, mas não contribuiu para a eliminação das enteroparasitoses (ou verminoses intestinais), visto que o risco de infecção permaneceu o mesmo`, diz Fontes na publicação. O risco de infecção permaneceu o mesmo porque os pesquisados continuaram morando em casas sem redes de água e de esgoto. `Portanto, o controle dessas parasitoses passa por melhorias de condições sócio-econômicas, saneamento básico e na educação sanitária da população, fatores quase que inexistentes na comunidade em estudo`, alertam o pesquisador. (Agência Notisa) Fonte: Saneamento Básico, o site!

É fundamental garantir o acesso de todos ao saneamento básico e promover a educação, para que as pessoas adquiram bons hábitos de higiene, segundo conclusão de pesquisa realizada pelo Departamento de Patologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

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