Brasília – Relatório divulgado hoje pela Rede de Monitoramento Amiga da Criança, formada por 27 entidades da sociedade civil, mostra que, se não forem adotadas políticas específicas e se não houver mais investimentos na área da infância e adolescência, o Brasil alcançará apenas três das oito metas previstas no documento Um Mundo para as Crianças, da Organização das Nações Unidas. Trata-se de um acordo ratificado por 189 países, entre os quais o Brasil, em torno de medidas para melhorar as condições de vida de meninos e meninas de todo o mundo. No total, o documento estabelece 21 metas, das quais apenas oito são mensuráveis, por estabelecerem prazos para o cumprimento, que vão até 2010 ou 2015. Para alcançá-las, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, em dezembro de 2003, o Plano Presidente Amigo da Criança, com ações nas áreas de saúde, educação, proteção contra maus-tratos, exploração e violência e combate ao HIV/Aids. Entre 2004 e 2007, o governo federal investirá cerca de R$ 56 bilhões para tirar o plano do papel. Com base em indicadores colhidos entre 1990 e 2002 e nos investimentos que o governo Lula pretende fazer nos próximos anos na área da infância e adolescência, a rede û formada por entidades como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a Fundação Abrinq e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) û elaborou o relatório Um Brasil para as Crianças û A Sociedade Brasileira e os Objetivos do Milênio para a Infância e a Adolescência. Segundo o relatório, o país conseguirá reduzir em um terço a mortalidade infantil. Também será possível, de acordo com o documento, diminuir em um terço o número de lares sem saneamento e água potável a preços acessíveis, assim como reduzir pela metade o número de crianças em idade escolar que não estão matriculadas. As estimativas da rede de monitoramento são de que se a tendência de investimento público se mantiver, o governo investirá R$ 238,7 bilhões até 2010 para cumprir as metas da ONU. No entanto, diz o relatório, o país precisaria gastar R$ 429,4 bilhões.
Brasília – Relatório divulgado hoje pela Rede de Monitoramento Amiga da Criança, formada por 27 entidades da sociedade civil, mostra que, se não forem adotadas políticas específicas e se não houver mais investimentos na área da infância e adolescência, o Brasil alcançará apenas três das oito metas previstas no documento Um Mundo para as Crianças, da ONU.